
A Vinícola Suzin colheu nesta semana a última leva de seu vinhedo, localizado na região do Alecrim, interior de São Joaquim, a 1.200 metros de altitude. O feito impressiona não apenas pelo cuidado extremo com o vinhedo, mas por ter ocorrido em pleno 19 de maio de 2025, a colheita mais tardia registrada, da história da vitivinicultura de altitude e, possivelmente, de toda a latitude sul do Brasil.
A aposta ousada da Vinícola Suzin em manter as uvas no vinhedo por tanto tempo — mesmo diante das adversidades climáticas — teve um resultado impressionante: uma maturação impecável, que irá originar o Super Cabernet Sauvignon um dos rótulos mais emblemáticos da casa.
“Com grande alegria, hoje finalizamos a nossa colheita. A colheita da safra 2025 da Suzin, da altitude catarinense e, quem sabe, do Sul do Brasil”, declarou emocionado o sócio-proprietário Everson Suzin, durante o vídeo da última entrega. Segundo ele, a colheita ainda poderia ter sido estendida até o dia 23 de maio, mas a previsão de chuva acelerou a decisão para garantir a excelência da fruta.
Mosto revela números extraordinários

E os números comprovam essa excelência. O mosto – nome dado ao suco da uva recém-extraído e que será fermentado para se transformar em vinho – apresentou índices raros e desejados por qualquer enólogo:
Brix: 26,8 Potencial alcoólico 16% – Um altíssimo nível de açúcar e concentração de polifenóis, taninos e material corante na uva, indicador de que a maturação foi levada ao extremo. Esse valor é típico de vinhos de altíssimo padrão.
Acidez total: 78 (g/L) – Apesar da maturação avançada, a uva manteve uma acidez viva e presente, o que garantirá equilíbrio, frescor e longevidade ao vinho. Um diferencial notável das regiões de altitude.
pH: 3,4 – Um nível ideal para vinhos tintos de guarda. Esse pH favorece a estabilidade do vinho, preserva a cor e intensifica a qualidade aromática.
Vinhedos de tirar o fôlego

Além da qualidade das uvas, o visual do vinhedo é um espetáculo à parte. Os parreirais estão impecavelmente cuidados, com galhos bem conduzidos, campo limpo e uma paisagem outonal de folhas em tons amarelos que transmitem a magia e a estética rara da vitivinicultura ao ar livre.
“A uva está super madura, e não tenho dúvida de que sairá um grande vinho daqui. O Super Cabernet Sauvignon Lote III aguarda vocês”, afirmou Everson, referindo-se ao vinho que será produzido com essa colheita especial.
Um feito histórico para a Altitude

Um feito histórico para a vitivinicultura de altitude. A decisão de manter as uvas no vinhedo até quase o fim de maio é mais do que um marco técnico — é um símbolo da confiança e do conhecimento da Vinícola Suzin em seu terroir, no microclima e na dedicação da equipe. Um verdadeiro exemplo de como a vitivinicultura catarinense continua a surpreender, quebrando paradigmas e elevando o padrão da produção nacional.
“Super Cabernet Sauvignon lote III: um vinho para ficar na história”.
