
Sem saber por onde ando, Pela inconsciência do meu presente, Mergulhado num turbilhão de ideias, Debato-me entre atos mecânicos e inconsequentes, Quando, sem mais nada e num repente, A palavra caminho assalta e avassala a minha mente… Parece perseguir-me para apoderar-se de mim E obrigar-me a segui-lo, sem dizer-me para que lugar… Caminho, caminho e caminho sem mover-me E sem saber, nem ao menos imaginar, qual o seu destino. Não obstante, sigo, confuso, Um trajeto difuso, Para, Do alto de uma montanha de areia, Inesperadamente, Divisar a esbelta sereia flutuando no ar E de cujos cabelos dourados partem raios solares, Que iluminam faces hospedeiras De fascinantes olhos azuis Onde, entre linhas paralelas, caminhos sem fim, Bandeirolas de haste curta, Ancoradas em bolinha negras, Movimentam-se harmoniosas E expressam uma sedutora canção, Que não escrevi. De cuja boca, ornamentada por finos lábios vermelhos, Efluem mil inaudíveis poemas divinos; De hirtos seios, desenhados em linhas mágicas, Através íveis mamilos róseos, Brota o leite essencial da vida. De cujas mãos prestidigitadoras nascem afagos apaziguadores, Alimentos de incontáveis sabores, Flores de todas as cores; De cujo ventre talhado à incubadora, Assimilada a semente de tudo, Explode o homem, Para… … Seguir o seu caminho… ed4y