Até o próximo dia 19 de dezembro, o Brasil deve ter cerca de 9 milhões de doses de vacinas bivalentes, que protege contra a variante Ômicron original e a variante BA1. Essa é a promessa do Ministério da Saúde, que no último dia 13 de dezembro recebeu 1,4 milhão de novas doses da vacina, fabricada pela Pfizer. Com essa remessa, o país conta com 4,5 milhões de doses. 113j45
De acordo com o Ministério, os imunizantes vão ar por avaliação e análise do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde e serão distribuídas após divulgação de nota técnica do órgão, com orientações sobre aplicação e público-alvo. As vacinas bivalentes, que protegem contra a variante original e as variantes BA1, BA4 e BA5, já têm o uso aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A diferença desta fase para o início da pandemia, em 2020, é a prevalência de casos leves, principalmente em quem está com todas as doses da vacina em dia. A médica Francisca Jordanna Barreira Silva Godoy lembra que após vacinação, a Covid-19 se apresenta, na maioria dos casos, como uma doença leve. Ainda assim, ela recomenda a busca por atendimento médico tão logo se apresente os sintomas ou se receba o diagnóstico positivo para a doença.
“Uma infecção viral leve do trato respiratório superior, incluindo Covid, geralmente se apresenta com sintomas inespecíficos, como cansaço, tosse, falta de apetite, dor muscular, mal-estar geral, febre, dor de garganta, congestão nasal, coriza e dor de cabeça”, informa.
A médica lembra que casos leves e sinais vitais estáveis não requerem exames complementares em um primeiro momento e os pacientes podem ser liberados para isolamento domiciliar e com indicações de medicações necessárias, prescritas de acordo com os sintomas apresentados. Nestes casos, Godoy lembra que tanto o infectado quanto seus familiares devem usar máscaras faciais, ainda que estejam dentro de casa.
procurar atendimento médico imediatamente, especialmente se tiver idade acima de 60 anos, ou tem diagnóstico de doenças como hipertensão arterial, diabetes, doenças pulmonares, câncer, ACV ou, ainda, faz uso de imunossupressores.
“É importante procurar uma unidade de saúde caso o paciente apresente sinais de doença mais grave, como falta de ar ou dificuldade para respirar, níveis reduzidos de saturação de oxigênio medidos por oximetria de pulso (oxímetro), presença de sangue no escarro, febre persistente, colapso ou desmaio (síncope), confusão mental, redução da produção de urina ou piora clínica dos sintomas iniciais”, enfatiza.
Em síndromes respiratórias, prevalência do vírus da Covid é maior, alerta Fiocruz
De acordo com o Boletim InfoGripe, da Fiocruz, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,8% para influenza A; 0,1% para influenza B; 9,5% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 76,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,9% para VSR; e 94,0% para Sars-CoV-2.