Os fruticultores de Armamar vão instalar canhões anti-granizo nos pomares de maçã, para evitar mais perdas de produção devido ao granizo que tem assolado o concelho nos últimos anos e provocado prejuízos. 2f3l2j
O investimento será feito com o apoio da Câmara Municipal e da Cooperativa Agrícola do concelho. O sistema terá um custo estimado de dois milhões de euros.
José Osório, dirigente da Associação de Fruticultores de Armamar, justifica a instalação deste sistema com os prejuízos elevados assumidos por estes produtores de maçã na região, que rondaram “entre 15 e 20 milhões de euros” por ano e diz que, se não forem instalados os novos canhões, a produção de maçã vai desaparecer do concelho, um dos maiores produtores nacionais desta fruta.
“Vimos uma alternativa. Não sabemos se será totalmente eficaz, mas pelo menos será 80 por cento eficaz para que nos próximos anos os fruticultores não desistam desta atividade, que é a mais importante na região e no concelho. Somos um dos maiores produtores a nível nacional. Toda esta fruticultura vai desaparecer se haver mais um ano de intempérie e granizo que assole a nossa região”, frisa em declarações ao Jornal do Centro.
Os canhões anti-granizo vão ser instalados até ao final de fevereiro do próximo ano. Segundo José Osório, estes equipamentos vão proteger cerca de dois mil hectares de maçã.
“Todos os pomares ficam cobertos. No nosso concelho, já fizemos a redistribuição das torres. Cada torre faz uma cobertura de 80 hectares. Por isso, estamos com 50, 60 torres que cobrem entre 1.800 e 2.000 hectares”, explica.
O sistema de proteção dos pomares vai custar perto de dois milhões de euros aos produtores. José Osório refere que já foi firmado um “acordo bancário por mais de 10 anos, que será pago na totalidade pelos fruticultores”.
“Também vamos tentar, a partir de janeiro, que grande parte do valor entre no projeto dos Grupos Operacionais (grupos que visam criar projetos de inovação no setor agrícola e que contribuam para o desenvolvimento rural), para que não custe tanto aos nossos fruticultores. Isto dá uma média de entre os 80 e os 100 euros por ano, por hectare, pelo que não é um valor assim tão elevado”, remata.
Fonte Jornal Centro