
O último mês do ano nos presenteia com belos e variados fenômenos astronômicos, de chuvas de meteoros a conjunções entre planetas e a Lua. O destaque fica para a chuva Geminídeas, que pode render muitas “estrelas cadentes”. 2a6y65
O solstício do verão, apesar de não ser visível, também é um momento aguardado, ligado à movimentação dos astros.
Haverá cinco conjunções bem brilhantes — quando planetas e/ou a Lua aparecem bem próximos em nosso céu (ainda que estejam separados por milhares de quilômetros no universo).
Com exceção do solstício, todos os eventos listados aqui são visíveis a olho nu, de qualquer parte do Brasil. Um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium) são úteis para apontar a posição dos objetos e mostrar os melhores horários de visibilidade em sua região.
Veja o calendário completo e programe-se para observar.
de cometas, ela é formada por detritos do asteroide 3200 Faetonte.
- 21/12: Solstício de Verão – Fim da primavera
Chegou a estação mais quente do ano. Precisamente às 18h48 do dia 21 de dezembro, oficialmente é verão no hemisfério Sul — e inverno do outro lado do planeta. O solstício é um fenômeno astronômico e físico: uma vez no ano, há um momento exato em que os raios solares incidem na Terra diretamente sobre o Trópico de Capricórnio, devido ao ângulo de inclinação de nosso planeta, nos trazendo dias mais longos e quentes. Quando o oposto acontece, sobre o Trópico de Câncer, em junho, é nosso solstício de inverno (e de verão no hemisfério Norte).
- 21/12 – 22/12: Pico da chuva de meteoros Ursídeas
Esta chuva é pouco intensa, com até 10 meteoros por hora nos dias de seu pico. Mas, infelizmente, é muito difícil de ser vista do Brasil — pois seu radiante, a constelação Ursa Menor, fica muito baixa em nosso horizonte; observadores do hemisfério Norte são privilegiados. Formada por detritos do cometa 8P/Tuttle, a Ursídeas fica ativa entre 17 e 26 de dezembro.
- 24/12: Conjunção Lua, Vênus e Mercúrio
- 26/12: Conjunção Lua e Saturno
- 29/12: Conjunção Lua e Júpiter
- 21/12: Elongação máxima de Mercúrio
Dos cinco planetas visíveis a olho nu, Mercúrio é o mais difícil de se observar, por ser pequeno e muito próximo do Sol. Suas elongações máximas (que podem ser a Leste ou a Oeste) são nossas melhores chances. Neste momento, ele estará visível em uma pequena janela de tempo no lusco-fusco, aproximadamente entre 18h30 e 19h30. Basta olhar para Oeste (o mesmo ponto onde o Sol estiver se pondo) e prestar muita atenção, procurando uma pequena estrela com brilho fixo, pouco acima do horizonte.
Como bônus, Vênus (a “estrela da tarde” ou vésper) estará logo abaixo de Mercúrio, em alinhamento — ver ambos é um grande desafio. Quanto mais você alto estiver e mais limpo for sua vista, sem prédios ou luzes artificiais, melhor; um par de binóculos pode ajudar. Esta configuração se repete até o final do mês, cada dia em um ângulo um pouco menor e, portanto, ainda mais difícil de observar.
Com informações: Uol