Criança não é adulto em miniatura. Criança é criança, e, como tal, precisa vivenciar a sua existência se ocupando de coisas de criança e não de adultos. A criança “adultizada”, confunde os limites que diferenciam uma fase da outra. “Adultizar” uma criança é a forma mais eficiente de destruí-la. 2ie72
Competições, desfiles, maquiagens, roupas, sapatos, cabelos, danças, músicas, páginas em redes sociais, jogos e o a conteúdo para adultos… Crianças com responsabilidades, hábitos e agenda de adulto, isto chama-se “adultização” fora da hora. Criança não é adulto em miniatura. Criança é criança, e como tal precisa vivenciar a sua vida se ocupando de coisas de criança e não de adultos.
A “adultização” é o processo de querer acelerar o desenvolvimento das crianças para que se tornem logo adultas. A “adultização” provoca perda da infância, da socialização, da coletividade e do mais importante, a fase do brincar livremente.
se isso não bastasse, a criança nunca tem tempo para experimentar o tédio: iniciou um choro, está aqui o celular dos pais; inciou uma birra, está aqui o celular dos pais; tem visita em casa, vá para seu quarto jogar vídeo-game – daí a criança pergunta – posso baixar o jogo novo? E o adulto responde que sim, só para se livrar dela.
Entretanto é muito importante para a saúde mental e para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial da criança vivenciar a frustração, o tédio, o não e a birra até que pare de chorar sozinha, sem barganhas ou ameaças. Acredite, a birra tem pontos muito positivos. Se você permitir que a criança experimente o tédio, certamente ela desenvolverá habilidades inimagináveis. Antes de dar um celular para o seu filho, deixe-o experimentar o tédio. Mesmo porque a idade para dar um celular para uma criança é não dar um celular para uma criança.
Fonte: Portal Raízes